Ciclo Deming (PDCA) aplicado à gestão da manutenção

Em termos simples, o ciclo PDCA (Planejar, Fazer, Revisar, Agir) é um modelo utilizado para implementar mudanças e constitui uma parte fundamental da filosofia Lean de fabricação, bem como um requisito-chave para alcançar melhorias contínuas em pessoas e processos.

Este ciclo, inicialmente proposto por Walter Shewhart e posteriormente desenvolvido por William Deming, tornou-se uma estrutura amplamente utilizada para realizar melhorias constantes em vários setores, incluindo a manufatura e a gestão.

O PDCA, como é popularmente conhecido, é um método simples composto por quatro etapas que permite às equipes evitar erros recorrentes e melhorar os processos de maneira eficaz.

O que é o ciclo PDCA (Planejar, Fazer, Revisar, Agir)?

O ciclo PDCA é uma abordagem iterativa para a melhoria contínua que pode ser aplicada perfeitamente na manutenção industrial e, nos últimos anos, se tornou uma parte essencial do que conhecemos como Gestão Lean. Este modelo inclui a prova de soluções, a análise de resultados e a melhoria do processo.

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Vamos tomar como exemplo o caso em que você recebe muitas reclamações da gerência sobre o mau desempenho das máquinas em sua planta industrial. Nesta situação, é provável que você precise melhorar a forma como a gestão da manutenção é realizada para garantir o cumprimento dos indicadores gerenciados pela organização.

É exatamente aqui que entra em cena o ciclo PDCA. Agora, vamos explorar detalhadamente as quatro etapas desta estratégia no contexto da manutenção industrial.

PLAN Planejar

Na etapa de planejamento, são identificados os objetivos e metas da manutenção. Isso envolve analisar as necessidades, estabelecer objetivos e desenvolver um plano integral. As atividades-chave incluem programar tarefas de manutenção preventiva, alocar recursos e estabelecer procedimentos.

Antes de passar para a próxima etapa, é fundamental garantir que você responda a algumas perguntas básicas:

  • Qual é o problema central que precisamos abordar em nossa gestão de manutenção?
  • Quais recursos serão necessários para realizar todas as atividades?
  • Quais recursos estão disponíveis atualmente?
  • Qual é a melhor solução para resolver o problema considerando os recursos disponíveis?
  • Sob quais condições consideraremos que o plano foi bem-sucedido? Quais são os objetivos a serem alcançados?

É importante ter em mente que toda a equipe pode precisar revisar o plano várias vezes antes de avançar. Nesse caso, é apropriado usar técnicas como o Hoshin Kanri, que permitem criar e manter um fluxo constante de feedback. Isso lhe dará a oportunidade de coletar as informações necessárias antes de tomar decisões e seguir em frente com o plano.

DO Executar

Depois de estabelecer o plano, é hora de colocá-lo em prática. Nesta etapa, você colocará em prática tudo o que foi considerado na fase anterior.

É importante ter em mente que podem surgir problemas e imprevistos durante esta fase. Por isso, em uma situação ideal, é recomendável testar primeiro a implementação do plano em pequena escala e em um ambiente controlado.

Além disso, a padronização é um fator chave para que sua equipe possa aplicar o plano de forma fluida, onde todos estão familiarizados com seus papéis, responsabilidades e saibam exatamente os procedimentos ou atividades de gestão de manutenção funcionam corretamente. Tudo isso ajudará a garantir uma execução eficiente do plano e a correta alocação de recursos.

CHECK Revisar

Esta etapa implica avaliar a eficácia das atividades de manutenção. Isso inclui monitorar indicadores-chave de desempenho (KPIs) como o tempo de inatividade do equipamento, os custos de manutenção e a eficácia geral do equipamento (OEE). Inspeções regulares, análise de dados e medição de desempenho devem ser realizadas para avaliar se os objetivos de manutenção estabelecidos na etapa de planejamento estão sendo alcançados e para identificar áreas de melhoria.

ACT Agir

Com base nos resultados da etapa anterior, ações necessárias devem ser tomadas para melhorar os processos de manutenção. Isso pode envolver ajustes nos procedimentos de manutenção, revisão dos horários de intervenção, atualização de equipamentos ou implementação de novas tecnologias, como sistemas de gestão ou sensores para gerar alertas de falhas.

Todas as lições aprendidas nesta etapa são utilizadas para impulsionar a melhoria contínua nas práticas de manutenção.

É importante levar em conta que o ciclo PDCA é um processo iterativo, o que significa
que é repetido continuamente para impulsar uma melhoria contínua nas operações.

Ao implementar o PDCA na manutenção, as organizações podem melhorar a confiabilidade do equipamento, reduzir o tempo de inatividade, otimizar a alocação de recursos e alcançar níveis mais altos de desempenho geral do equipamento.

Por fim, mas não menos importante, é importante ter em mente que o modelo PDCA requer tempo e pode não ser apropriado para resolver problemas urgentes.