Burj Khalifa: Mantendo o edifício mais alto do mundo

O que você vai ver neste artigo?

  1. Uma tarefa desafiadora: manter o Burj Khalifa
  2. As instalações do Burj Khalifa
  3. O que se espera dos profissionais de manutenção do Burj Khalifa?
  4. Lições que a manutenção e o gerenciamento de ativos no Burj Khalifa podem fornecer

Dubai, Emirados Árabes Unidos. Esta cidade extremamente quente e chamativa no Golfo Pérsico é famosa por suas águas brilhantes, dunas de areia e, claro, um horizonte inigualável em qualquer outro lugar do mundo.  

Quando se trata de arranha-céus, a joia da coroa de Dubai é, sem dúvida, o Burj Khalifa, que se tornou o edifício e estrutura mais alto do mundo em 2009, superando o Taipei 101 de Taiwan. Com uma altura total de 829,8 metros, o Burj Khalifa é um feito notável de engenharia que foi concluído em apenas cinco anos.  

No entanto, a história do Burj não termina aí. Continue lendo para descobrir como esse edifício extraordinário é mantido no dia a dia; há muito a aprender com as operações necessárias para manter um edifício tão único e desafiador.  

Mas antes, um pouco mais de história... 

Como surgiu o Burj Khalifa

A história do Burj Khalifa está intimamente ligada a todo um projeto de desenvolvimento idealizado pela cidade para transformar o centro de Dubai. Isso inclui desenvolvimentos como o lago Burj Khalifa e o Dubai Mall.  

Horizonte de DubaiHorizonte de Dubai

Projetos como esses pretendiam atrair reconhecimento e investimento internacional, como parte de uma mudança da economia baseada no petróleo de Dubai para uma economia enraizada no turismo e no setor de serviços. O Burj Khalifa agora é visto como símbolo do sucesso deste projeto e representa a identidade que a cidade cultivou como playground para os ricos e famosos.

Nomeado em homenagem ao então presidente dos Emirados Árabes Unidos, foi projetado por uma equipe liderada por Adrian Smith, da empresa de engenharia americana Skidmore, Owings & Merril – creditada com a construção da Sears Tower em Chicago, anteriormente o edifício mais alto do mundo. Seu design inspira-se na arquitetura islâmica da região (por exemplo, a Grande Mesquita de Samarra – ela mesma já foi a maior mesquita do mundo) e seu design em forma de Y é baseado no Tower Palace III em Seul, otimizando o espaço para hotéis e apartamentos residenciais.  

Este design inovador foi complementado com um uso interessante de materiais, incluindo:

  • Aço reciclado da demolição do antigo Parlamento da Alemanha Oriental;
  • 45.000 metros cúbicos de concreto - o mesmo peso de cerca de 100.000 elefantes;  
  • Vidro cobrindo mais de 174.000 metros quadrados de área.

Uma tarefa desafiadora: manter o Burj Khalifa

Todos os arranha-céus exigem um imenso esforço de engenharia para realizar sua construção. Mas não podemos esquecer que a vida de um arranha-céu não termina quando a construção se completa. 

Talvez o que passa despercebido é a grande quantidade de trabalho que vai para a manutenção de um edifício como este. Uma vez concluído, um edifício não é diferente de um organismo vivo, exigindo cuidados e manutenção constantes para continuar funcionando de forma eficaz. E o edifício mais alto do mundo vem com suas próprias complicações únicas: 

4 meses, 36 profissionais especializados em rapel e 18 baldes sob medida...

É o que é preciso para limpar a fachada do edifício mais alto do mundo. E a limpeza de janelas é apenas um exemplo do imenso desafio necessário para manter o Burj Khalifa funcional e imaculado.  

Com mais de 800 apartamentos e mais de 37 andares de escritórios, uma equipe dedicada tem que monitorar e controlar instalações como elevadores, ar-condicionado e a subestação elétrica mais alta do mundo – com o edifício consumindo em média 160 000 kwh por dia. Além disso, a administração tem a tarefa nada agradável de ter que descartar os resíduos do prédio, utilizando um sistema de calhas de resíduos de 1.300 m de comprimento, com os resíduos descendo a cerca de 194 km/h e compactados antes de serem enviados aos aterros sanitários.   

As instalações do Burj Khalifa

Em seu planejamento inicial, o Burj Khalifa pretendia ser inteiramente residencial. No entanto, agora abriga muitas outras instalações, incluindo: 

  • O Armani Hotel, com 304 quartos em 15 andares;
  • O restaurante At.Mosphere e deck de observação;
  • Uma ampla gama de escritórios e salas corporativas.

57 elevadores e 8 escadas rolantes ajudam moradores e visitantes a circular pelo prédio, com velocidades de até 10 m/s e capacidade máxima de 12 a 14 pessoas. Do lado de fora há também a fonte de Dubai, a maior fonte coreografada do mundo. Todas essas instalações oferecem uma gama única de desafios para os profissionais encarregados de manter o Burj Khalifa funcionando.

O que se espera dos profissionais de manutenção do Burj Khalifa?

Além dos desafios tecnológicos que surgem com um edifício como o Burj Khalifa, seus profissionais de manutenção também precisam manter padrões extremamente altos para corresponder à sua imagem de luxo. O arranha-céus é, naturalmente, o lar de muitas pessoas e recebe hóspedes de hotéis e restaurantes que esperam um serviço de alta qualidade. 

A equipe dirigida por Bashar Kassab, diretor sênior de gerenciamento de instalações, trabalha 24 horas por dia para fornecer um serviço consistente aos residentes e visitantes permanentes do Burj Khalifa. A partir de uma mesa central, a equipe de Kassab coordena a gestão do prédio, de olho em coisas como ar-condicionado, encanamento e uso de energia. 

Esta é uma tarefa enorme, com toda uma gama de subtarefas de manutenção que precisam ser coordenadas. Por exemplo, se dermos uma olhada em um aspecto como limpeza, podemos ver que: 

  • São necessários 300 trabalhadores para limpar o interior do prédio;
  • 36 trabalhadores precisam descer de rapel para limpar a parte externa; 
  • A cada ano, uma área do tamanho da Grã-Bretanha é limpa.

A equipe de Kassab precisa gerenciar e coordenar trabalhadores como esses, a partir de uma estação de trabalho centralizada. Não é apenas a limpeza do edifício que está em jogo – mesmo aspectos como a oscilação do edifício com o vento devem ser monitorados e gerenciados.

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Lições que a manutenção e o gerenciamento de ativos no Burj Khalifa podem fornecer

O tamanho e a escala de um projeto como o Burj Khalifa fornecem informações valiosas para qualquer pessoa interessada na manutenção e gerenciamento de edifícios, principalmente arranha-céus.  

Então, o que podemos aprender com o Burj Khalifa? 

Há três pontos principais a serem considerados sobre manutenção e gerenciamento de ativos no Burj Khalifa: 

  1. A manutenção de arranha-céus requer coordenação: a equipe do Burj Khalifa tem uma tarefa enorme em suas mãos, e é por isso que eles escolheram olhar para o quadro geral - monitorar tudo relacionado à manutenção do prédio a partir de uma central. Isso permite que eles acompanhem tudo de uma vez e mantenha tudo funcionando sem problemas - seja limpeza ou encanamento.  
  2. Software e tecnologia são seus amigos: a coordenação requer tecnologia inteligente. É por isso que equipes como a do Burj Khalifa usam sistemas inovadores, como um software de gestão da manutenção. Este software usa inteligência artificial e Machine Learning para ajudar os profissionais a fazerem bem seus trabalhos. Do ponto de vista da manutenção, tecnologia e inovação são fundamentais para o sucesso de edifícios como o Burj Khalifa.
  3. O Burj Khalifa é um exemplo brilhante de como o serviço de luxo é possível, mesmo nos céus. Olhando para o Burj Khalifa, os profissionais de manutenção podem ter certeza de que edifícios impressionantes (e tecnologicamente exigentes) ainda podem oferecer serviços de luxo.  

Depois de dar uma olhada nos bastidores do edifício mais alto do mundo, fica claro que mantê-lo no dia a dia é uma tarefa difícil. Aprenda com as lições da equipe do Burj Khalifa e melhore a manutenção e gestão de ativos da sua empresa hoje mesmo!